debruçada sobre o mar

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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Poderemos confiar na democracia?

Não se trata de fazer uma crítica à democracia. Nem sequer de a por em causa. Somente um conjunto de questões que com muita frequência anda por dentro de mim.


Vejamos, posso confiar num sistema em que independente do interesse, formação e conhecimento, todos contem o mesmo? Não será uma forma de fazer de conta que todos contam para de pois manobrar os menos esclarecidos e depois apresentar uma legitimação? Será honesto? E inteligente?

Porque é que os regimes/governos democráticos insistem em divinizar a democracia? E apresentar-se como a única via saudável e respeitadora do Homem? Posso confiar num regime que (no nosso caso) permite partidos de extrema-esquerda e não permite extrema-direita? Posso confiar (no nosso caso) num regime que não pergunta nada, a não ser quem deve sentar-se nos lugares sabidos? Isto é não pergunta se queremos ter rei ou presidente, se queríamos ou não ficar reduzidos a esta faixa beira-mar na península ibérica, nem aos povos que ficaram do outro lado do mar foram consultados. E poderei confiar num regime que pergunta até que o povo aceite. E isso não é uma originalidade nossa, a Irlanda também o fez na questão europeia. Poderei confiar num regime que gerou tantas ditaduras, na nossa pátria e no estrangeiro? Não será mesmo um regime fazedor de ditaduras? Houve alguma democracia que se tenha referendado a si própria? Isto é perguntar ao povo, aquém em principio liberta e garante o bem-estar, governando com, pelo e para o povo, se a quer? Isto é porque é que se apresenta a si como a salvação e garantia, tão auto presumida que nem necessita de se legitimar?


Se alguém ler isto, logo surgirá quem diga que só o digo e publico porque estou numa democracia… (e estarei? A liberdade, nomeadamente a de expressão, é um exclusivo da democracia?)


Não dou respostas. Algumas perguntas ainda não encontraram em mim nenhuma resposta.


In blog pb