debruçada sobre o mar

debruçada sobre o mar

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Anda Pacheco

Para eles o que conta é a "causa", não o mérito da instituição a cujas portas pretendem aceder e por isso a questão é outra, bem longe da luta por um direito, é um ataque a uma determinada forma de viver em sociedade, que abominam e desprezam e tem pouco a ver com a sua cultura e a sua mundovisão.

Sabem que ao romper na lei a relação do casamento com a família nuclear, que implica possibilidade real da procriação, erodem para outros um valor que não desejam.

É por isso que se trata de uma "luta", não por direitos, mas contra uma determinada forma de sociedade.

E é também por isso que por todo o debate mostrou uma enorme intolerância num só sentido.
"Fanáticos", "intolerantes", "retrógrados", "reaccionários", "aberrantes", foram palavras comuns, ecoando o que era o tom de muita comunicação social que tomou a causa como sua.

"Tacanhos" eram todos os que se opunham ao casamento de pessoas do mesmo sexo. Não é "luta de classes", mas é kulturkampf.

Pacheco Pereira no Público
Com muito respeito e agradecido ao autor e “publicadores”.

É bom quando os meninos terríveis dizem coisas que os revolucionários têm que engolir.

Já agora aceito ser fanático, intolerante, retrógrado, reaccionário, aberrante, tacanho se isso significa ser diferente deles. Mas maricas…não.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Mariquices

8 de Janeiro 2010

heteros

Sou diferente. Sou assim porque a minha natureza me fez assim, a minha educação e a minha opção. Sou diferente e assumo-me, com todo o peso e preços que tenho que pagar e aos quais não viro a cara. Enfrento desde que me conheço e me sei gente. Sou católico, e serei até ao último sopro, lutando até ao limite contra os leus limites. Sou português, com amor de raiva. Sou monárquico, sou belenenses que não tem importância nenhuma, mas me faz diferente da maioria. Sou assim não para ser diferente, mas porque é assim que sou. Por causa disso, não posso ser maçon, nem comunista(nem quero)... Não posso ter duas mulheres. Não quero outra nacionalidade. Não voto para a presidência da república, e quero que o Belém ganhe os jogos. Se não fosse assim…eu, não era eu!
Assumo publicamente a minha fé e isso, leva a alguns sorrisos. Levanto a minha voz na defesa dos princípios que Cristo me transmitiu. Vivo e amo num país desgraçado que é habitado por gente de que me envergonho por vezes. Gostaria de ter um rei e digo isso alto, provocando outros sorrisos ou até mesmo mais. Divirto-me com os comentários dos colegas sobre a s grandes performances dos rapazes de cruz ao peito.
Não escondo o meu amor por Cristo o meu Senhor. Continuo a amar sem porquê, porque é assim que se ama, o meu país. Votaria sim no referendo sobre o regime e a sua figura máxima, se a alternativa fosse rei. Mesmo que isso signifique perder. E mesmo que desça de divisão irei consultar a página desportiva para saber o resultado do meu clube.
Não quero ser eu e outro. Quero ser eu mesmo se isso significa ser diferente.
Tenho uma mulher a quem me dou. Registei essa doação que será até que a existência física de um de nós se extinga. Registei porque vivo numa sociedade onde estas coisas se registam para que se saiba e para ter os direitos e deveres a que fico sujeito. E porque tenho Deus sempre no meu projecto de vida, precisei da sua bênção que me foi dada por alguém capacitado. Isto é casei-me religiosamente.
Assumo assim as minhas diferenças. O que me faz diferente. Não aceito ser diferente e quer (ser) igual.
Então onde está o interesse e a coerência em quem se assume diferente e procura imitar os iguais? Sejam originais! Sejam "alegres" (ou trystes) mas não sejam como eu! E o estado que nos defenda. Que proteja as diferenças mantendo-as diferentes.