debruçada sobre o mar

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sexta-feira, 30 de março de 2012

O Desacordo ortográfico

De Maria Clara Assunção. Transcrevemos respeitosamente. Parabéns à autora absolutamente genial. Um muito obrigado





Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam. Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito.
Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros.

Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas.

É um fato que não se pronunciam. Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se? O que estão lá a fazer? Aliás, o qe estão lá a fazer?
Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade.

Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra.
Porqe é qe "assunção" se escreve com "ç" e "ascensão" se escreve com "s"?
Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome. Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o "ç".
Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o "ç" e o substitua por um simples "s" o qual passaria a ter um único som.

Como consequência, também os "ss" deixariam de ser nesesários já qe um "s" se pasará a ler sempre e apenas "s".
Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, "uzar", é isso mesmo, se o "s" pasar a ter sempre o som de "s" o som "z" pasará a ser sempre reprezentado por um "z".
Simples não é? se o som é "s", escreve-se sempre com s. Se o som é "z" escreve-se sempre com "z".

Quanto ao "c" (que se diz "cê" mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de "q") pode, com vantagem, ser substituído pelo "q". Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras. Nada de "k".
Não pensem qe me esqesi do som "ch".
O som "ch" pasa a ser reprezentado pela letra "x". Alguém dix "csix" para dezinar o "x"? Ninguém, pois não? O "x" xama-se "xis". Poix é iso mexmo qe fiqa.

Qomo podem ver, já eliminámox o "c", o "h", o "p" e o "u" inúteix, a tripla leitura da letra "s" e também a tripla leitura da letra "x".

Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex. Não, não leiam "simpléqs", leiam simplex. O som "qs" pasa a ser exqrito "qs" u qe é muito maix qonforme à leitura natural.

No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente.

Vejamox o qaso do som "j". Umax vezex excrevemox exte som qom "j" outrax vezex qom "g". Para qê qomplicar?!?
Se uzarmox sempre o "j" para o som "j" não presizamox do "u" a segir à letra "g" poix exta terá, sempre, o som "g" e nunqa o som "j". Serto? Maix uma letra muda qe eliminamox.

É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem! Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex?
Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade?

Outro problema é o dox asentox. Ox asentox só qompliqam!
Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox.

A qextão a qoloqar é: á alternativa? Se não ouver alternativa, pasiênsia.

É o qazo da letra "a". Umax vezex lê-se "á", aberto, outrax vezex lê-se "â", fexado. Nada a fazer.

Max, em outrox qazos, á alternativax.
Vejamox o "o": umax vezex lê-se "ó", outrax vezex lê-se "u" e outrax, ainda, lê-se "ô". Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso! Para qe é qe temux o "u"? Para u uzar, não? Se u som "u" pasar a ser sempre reprezentado pela letra "u" fiqa tudo tão maix fásil! Pur seu lado, u "o" pasa a suar sempre "ó", tornandu até dexnesesáriu u asentu.
Já nu qazu da letra "e", também pudemux fazer alguma qoiza: quandu soa "é", abertu, pudemux usar u "e". U mexmu para u som "ê". Max quandu u "e" se lê "i", deverá ser subxtituídu pelu "i". I naqelex qazux em qe u "e" se lê "â" deve ser subxtituidu pelu "a".
Sempre. Simplex i sem qompliqasõex.

Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u "til" subxtituindu, nus ditongux, "ão" pur "aum", "ães" - ou melhor "ãix" - pur "ainx" i "õix" pur "oinx".
Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux.

Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu mundu.

Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum?

quarta-feira, 28 de março de 2012

Quaresma 2012 5º Domingo

Senhor, nós queríamos ver Jesus. Jo 12,21



Reside na falta de vontade de “ver” Jesus a fonte de infelicidade do mundo.


Na falta de vontade em ver Jesus naquele que se cruza connosco. Numa porta, numa sala de espera, na fila, no auto-carro ou comboio ao nosso lado. Naquele que nos ofende e magoa.
Hoje é de novo necessário pedir ao Senhor, nós queríamos ver Jesus, em cada um daqueles por quem Ele se deu.


Momento de oração: para que a Humanidade O veja no seu semelhante. Por todos os que sofrem de cegueira na alma.


in Sal terrae Lux mundi

domingo, 18 de março de 2012

Memória Obrigatória

Seja a 18 de Março. Seja a 10 ou 20. Seja que mês ou que ano for… 15 de Março será sempre lembrado pelo Portugueses de Angola e todos os outros patriotas com memória, como o dia do massacre.

Aqui fica assinalado. 15 de Março 1961.

Quaresma 2012 4º Domingo

Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou em nome do Filho Unigénito de Deus.
E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más acções odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas.
Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus.

Jo 3,16-21



Momento de oração: Dá-nos Senhor a tua luz.


in Sal terrae Lux mundi

terça-feira, 13 de março de 2012

Quaresma 2012 3º Domingo

Não terás outros deuses Ex.20,3


E o ser humano não escutou. Recusou-O e foi acorrer refugiar-se noutros deuses. Deus morreu, gritaram. Mas na verdade é o Homem que se esta a matar. É o Homem que está a morrer. “Livre” de jugos opressores, tornado super-homem, escravizasse ao dinheiro, poder político, moda, dependências, desregramentos morais.


Perante isto respondemos


Os judeus pedem milagres, os gregos reclamam a sabedoria, mas nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos, mas, para os eleitos - quer judeus quer gregos, força de Deus e sabedoria de Deus. 1Cor. 1,22-24

Momento de oração: Por todos os que não encontram o verdadeiro

in Sal terrae Lux mundi

terça-feira, 6 de março de 2012

Quaresma 2012 2º Domingo

Se Deus está por nós, quem estará contra nós? Rom 8.31

Por mais crise que aja! Por mais difícil que seja a existência no presente. Por mais que os tempos nos pareçam (e sejam) adversos… temos Deus.

Certamente os tempos estão tão difíceis precisamente por que a humanidade, na sua estupides, dispensou-O da sua vida.

Mas nós mantemos a chama acesa e seremos consolados. E seremos apoiados. E caminharemos. E venceremos da agrura seja ela qual for. Porque se Deus está por nós… não importa que esteja contra nós…


Momento de oração: por todos os que se sentem abandonados e em desespero. Pela nossa Pátria e para que ela perceba que tem Deus e por isso pode vencer.






im blog Sal terrae Lux mundi

Quando os filhos falham

Um dia destes, uma família de “celebridades” nacional foi alvo de uma reportagem num canal generalista (entenda-se fútil).



A questão andava à volta da filha, supostamente famosa, que já entrou em “importantíssimas “ produções televisivas e que está presa em Espanha por tráfico de axixe ou coisa parecida. Foi igualmente abordada a mãe (que aproveitou para culpabilizar o ex-marido), em grande sofrimento pela filhinha detida, também artista mundialmente famosa na rua dela. Depois passaram ao pai. Actor que já participou em milhares de telefilmes e novelas. E disse o homem a propósito da situação da filha, quando a repórter num pico de inteligência, perguntou:


O que é que tinha falhado?!.


– Ela! Se esteve sempre nos melhores colégios do país, foi para o curso que quis (duas vezes, porque como se vem tornando hábito, depois de escolher e entrar, descobriu que não era aquilo que queria), nunca faltou nada, teve toda a atenção e acompanhamento da mãe, ele não pode estar tão presente quanto gostaria porque estava ocupado a fazer novelas umas atrás das outras para que nada lhes faltasse, então a falha era dela!!!

E este humilde escriba verte: certo. Certíssimo.
É tempo de a geração pais/avós pararem de se auto punir, pelas opções erradas, pelos trajectos desviantes da geração mais nova.
É altura da geração “enrascada” e as outras assumirem os erros. O insucesso escolar, não pode ser ultrapassado pelo esforço desumano do docente. A escolha do curso, não pode ser alterada repetidamente. Odivórcio dos pais não serve de desculpa. ajuventude não iliba.




De vez em quando sabe bem que alguém tenha a coragem de dizer, o que tem que ser dito.


Na minha profissão, deparo-me frequentemente com país que me perguntam a onde falhei. Raramente alguém põe a possibilidade do jovem/criança ter feito uma opção errada, por sua única responsabilidade.


Apesar estarmos numa sociedade/cultura com desprezo pelos valores religiosos, a ideia do P. Américo, de que não há mãos rapazes, vinga.


É sempre mais fácil culpar a escola, a família, essa coisa indistinta chamada sociedade.