
A Argentina sempre exerceu sobre mim um certo fascínio. Acabou por resultar numa admiração.
Um pedaço de Europa, no hemisfério sul. Uma terra profícua em mitos (de governantes a figuras públicas de outras actividades: Evita, Fangio, Gardel, Maradona, como exemplos mais gritantes). Lembro-me em criança de ouvir notícias da Isabelita Peron e algum tempo mais tarde de Videla e seus rapazes. Quando foi do mundial de futebol em 78, esse fascínio renovou-se. A quando guerra das Malvinas, sim eu chamo Malvinas e já se percebe por quem eu “torci” nessa guerra.

Irrita-me como pessoa, fascina-me como atleta. Se Eusébio foi e é o meu ídolo desportivo (juntamente com Saraiva e Chalupa, explicarei noutra altura), se Pelé atinge uma dimensão cósmica, por força da minha idade e do trajecto de vida, Diego Armando Maradona, foi a vedeta transcendental do futebol que eu pude seguir a carreira. E fascinou-me, pelo menos até sair do Nápoles.

Pois vem esta conversa toda por causa da “queda” do Club Atlético River Plate, La máquina.
Em consequência de más épocas (a descida não é directa após determinada classificação. É muito complicado, coisas…) desceu de divisão. Passou para o segundo escalão. Imaginem o FCP, o SLB ou o SCP a descerem de divisão (Liga como se diz agora). O Pinto dava-lhe uma coisa, os super “qualquer coisa” vinham por ai a baixo a rebentar com todas as áreas de serviço. O SLB criava o maior escarcéu afirmando se uma conspiração nortenha. O SCP saba-se-lá. Acabaria por se alargar a liga, nem que fosse para 40 clubes.
(Talvez o Belenenses ( Que teve vários argentinos nas suas fileiras) volta-se ao seu lugar…hehehe!)