debruçada sobre o mar

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segunda-feira, 15 de junho de 2009

«Reinventar a Solidariedade (em tempo de crise)»

Bispos reflectem sobre a acção social da Igreja

Os bispos portugueses vão estar esta semana reunidos em Fátima nas Jornadas Pastorais da Conferência Episcopal Portuguesa. Num ano profundamente marcado pela crise económica e financeira, e na sequência do Simpósio «Reinventar a Solidariedade (em tempo de crise)» que a CEP realizou a 15 de Maio, os bispos portugueses querem aprofundar a reflexão e por isso, vão centrar-se no tema «Pastoral sócio-caritativa: Novos problemas, novos caminhos de acção».
Um comunicado enviado à Agência ECCLESISA dá conta que, para além dos bispos portugueses, estarão presentes dois delegados de cada diocese, "particularmente responsabilizados no campo da pastoral social".A jornada que começa na tarde desta Segunda-feira e termina no dia 18, Quinta-feira pelas 14 horas, vai contar com a ajuda de "alguns professores da Universidade Católica Portuguesa", do Secretário da Comissão de Assuntos Sociais da Conferência Episcopal Francesa, o Pe. Jacques Turck, entre outras individualidades. O mesmo comunicado aponta que as conclusões das Jornadas serão apresentadas à comunicação social na tarde de Quinta-feira, às 14 horas. O Pe. Manuel Morujão, porta-voz da CEP afiram ainda que "eventualmente serão abordados alguns pontos da breve Assembleia Plenária dos Bispos que terá lugar na manhã do dia 18".
Na conferência de imprensa estará presente D. Jorge Ortiga, Presidente da CEP, o Vice-presidente, D. António Marto, o Pe. Manuel Morujão, secretário da CEP e ainda D. Carlos Azevedo, Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social.

in Agência Ecclesia

Pois… Aquele instrumento repressivo das liberdades individuais e retrógrado é a primeira e mais consistente mão que estende para ajudar… sem ser moda ou em momentos de inegável dificuldade como o actual…

Fica sempre bem gritar pelos direitos das classes exploradas e desprotegidas. Mas ainda fica melhor estar no terreno sem alarde, sofrendo as agruras com quem sofre, tirando de si para dar. Mas dar discretamente. Por isso é que só me falam das riquezas do Vaticano e do luxo dos paramentos e vestes papais. Os milhões de horas (vidas) e de euros, dólares ou qualquer unidade monetárias de ofertas…essas são invisíveis.
Sabemos que em Portugal é a Igreja é a primeira a registar e a avisar quando a pobreza ataca. Pois também é a primeira e muitas vezes a única a ajudar.

É a tão desrespeitada expressão CARIDADE. Agora usa-se muito a palavra solidariedade. É bonita asséptica, distante, agnóstica. E claro não compromete. Pode-se ser facilmente solidário com o povo da Somália, do Afeganistão ou outro país distante e inacessível. Dá para mandar umas roupas que já não fazem falta ou uns brinquedos que já não brincam, para umas crianças tristes e sujas. Dar banho e almoço, isso já é caridade.
Atravessar a cidade, a rua ou simplesmente o piso, para bater à porta do vizinho que está em dificuldades…isso é muito difícil. É necessário ser, sóbrio, arrojado, discreto. Ser verdadeiro. E isso custa. Além de que o que se dá, tem mesmo que ser dadiva. Fica difícil dar o resto do jantar, o cobertor velho, ou dar um sabonete. Porque primeiro terá de se dar amor e tempo. E isso é muito difícil.

Nós os que amamos Cristo. Com todas as dificuldades e limitações, ousamos tentar…
Tente você também.