“A mulher do Legionário” de Carlos Vale Ferraz, é
um grande livro. Na sequência de “Basta-me viver”, que retoma com genialidade. Verdadeiramente
fantástico torna-se mágico tendo-se lido a outra obra. Esmiuça, esgota no
melhor sentido da expressão, o conhecimento das personagens. Leva-nos a viver
como se fossemos mais um membro da trama a história.
Carlos Vale Ferraz atinge o ponto
máximo (até a gora) da sua escrita. Parabéns.
«Fernanda, filha de Eduardo Lobo, um advogado
oposicionista suspeito de ter à sua guarda documentos secretos que
incriminariam alguns dos membros mais importantes do regime de Salazar durante
a Segunda Guerra Mundial, envolve-se com Augusto Torres, um jovem e ambicioso membro
da Legião Portuguesa, que recebeu a missão de descobrir tais documentos. Eduardo Lobo aparentemente suicida-se, o legionário casa com
Fernanda e os comprometedores papéis não aparecem. Ficarão a pairar ao longo
dos anos como uma ameaça sobre vários interesses e ambições. Fernanda revela-se
uma mulher fora das leis da sua época e Augusto um homem capaz de tudo para
ascender aos mais altos cargos do regime. Após o casamento, os indícios que
foram chegando a Fernanda Torres fizeram com que não conseguisse pensar no
marido sem ser como o assassino do seu pai. A partir daí, mais do que procurar
a verdade, Fernanda quer fazer justiça para lá do tempo, causar-lhe todo o mal
possível, vingar-se.»
Texto recolhido na net, constante do material de lançamento da obra.