debruçada sobre o mar

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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Angola importa tudo. Até a justiça está a ser importada de Portugal.


Angola é uma invenção portuguesa que não foi criada para ser país. 

Tornaram-na país no papel de rascunho da guerra fira e foi entregue aos derrotados dessa guerra, que o foram porque entre outras coisas, não se conseguiram organizar. Punham homens no espaço, mas não conseguiam montar sistemas económicos que permitissem plantar e colher para alimentar o seu povo. Só conseguiam e bem oprimir. Cuidar, construir, não. Tinham mais fabricas de armas, ou pelo menos mais eficientes do que supermercados. 

Isto junto de um povo (conjunto de etnias) que não se gostava especialmente entre si e só se dava bem porque partilhava uma nacionalidade que tinham herdado. A quem sem mais lhes dizem, afinal não é assim. Mais as ambições de vários candidatos a Sobas, cuja ideia de democracia  ou outra forma de organização que não fosse a execução estrita da sua vontade. Mais a possibilidade de quem fica com o poder "guardar para si" o que é público, sem ter que dar satisfações que não seja uma bala no meio da testa.  Não dá um país. ~

Dá uma coisa em que 0,qualquer coisa % vive como Mónaco a escassos metros das lixeiras de Calcutá. 

Angola nunca foi independente. Apenas passou para as mãos de Cubanos e outros subempreiteiros do império Soviético. 
Depois da falência em todos os aspectos dos novos administradores, ficaram como antes do "colonialismo". Ou pior, porque ganharam hábitos e pretensões que não sabem, por isso não podem satisfazer. 

Os colonialistas safados (e também necessitados e alguns oportunistas, mas bem) reapareceram, desta vez como estrangeiros e por isso bem pagos para dar um toque de organização. E isso incomoda e humilha. 
Como qualquer pessoa humilhada, ou se cala e retira, ou tenta retribuir com violência. 

Por isso tanta dificuldade em obter um visto de trabalho. 
Não é exigência ou direito de soberania. É medo. 
É percepção da sua indisfarçável limitação. 

Um pais em que os cidadãos escolhem tribunais (órgão essencial de soberania) estrangeiros para arbitrar questões internas porque nos seus ninguém incluindo eles confiam, é sintomático. Não é país.

Portugal privatiza vários serviços. Angola foi mais longe. Privatizou a justiça e que ficou concessão, foi o ministério da justiça da República Portuguesa e a magistratura nacional. Espero que paguem bem, para compensar as PPPs.   

Angola sem Portugal é o que dá.