debruçada sobre o mar

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Uma semana depois, o estado em que fiquei

Passados estes dias (desde 6ª) talvez esteja a começar a reagir.
Não fiquei gélido, nem fervi, nem coisa nenhuma.
Durante este tempo, desde o início deste mandato, tenho tido uma respeitosa expectativa, e uma patriótica esperança.

Não tenho especial apreço por políticos e também devo desde já esclarecer, que não gosto da generalização e tenho dificuldade em conseguir definir, “politico”.

Porem, o presente primeiro desperta (despertou) alguma simpatia, até ver. Pareceu-me um pouco diferente no discurso, alguma frontalidade e com coragem para dizer coisas desagradáveis, sem politiquês. Mas aquele discurso…. Fiquei confuso. E com uma dose considerável de desespero mal contido.

É certo que não adianta muito. Mas os culpados tem que ser identificados. No mínimo, visto que julgados e em caso de confirmação, condenados, é algo que ultrapassa a mais delirante imaginação.

O povo, outra “coisa” que tenho especial dificuldade em definir, tem corajosamente resistido e colaborado.

E não me venham com a história de um povo submisso e que se acomoda. Um povo que tem a tradição de migrações como nós será certamente: lutador, empreendedor e determinado. Isto sem lembrar a aventura das descobertas que vou fazer de conta estar a ignorar, para que ninguém diga lá estamos nós agarrados a esse momento único. Portanto, como estava a dizer, este povo tem respondido com coragem e suportando um imenso sofrimento, que merece no mínimo um gesto de apoio, uma satisfação.

Sem “justiceirisnos “, sentir que mais alguém que não as pessoas estão a sentir, que EDP, GALP entre outros, também sentem. E proporcionam luz mais barata, gasolina mais barata, sem a única preocupação (legitima por sinal) do lucro.

Não se faz uma defesa do anti capital ou das corporações económicas malévolas que querem esmagar com a sua pata as “classes trabalhadoras” (outra coisa que não consigo de todo definir).

Faz-se a defesa da democratização das dificuldades, da luta, da resistência.

E se o atual primeiro assim fizesse, sentiria a onda de apoio, que certamente merece e mais mereceria. Estava à espera de mais. É possível melhor, sem desmerecer o enorme esforço desenvolvido por quem decide.

Por fim uma nota, de estupefação: o partido que antecedeu no governo faz críticas.???!!!? Nunca um mea culpa. Voltarei a este assunto.

As minhas desculpas a quem ler. Esta desconexo (eventualmente), mas reflete o meu sentir e o estado em que fiquei.