debruçada sobre o mar

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Angola vai mudar de nome.







O abate do Quinaxixi foi só uma questão de planificação urbanística pormenorizada como é a cidade de Luanda desde 1975? Ou só uma questão de ganância de mais alguns? Ou só uma questão de apagar uma marca herdada do colonialismo? Ou só as três?



As obras na marginal? São só uma questão de novo-riquismo misturado com pechisbeque Bubai? Ou só uma questão de dar mais uns dinheiros a ganhar com uma obra estúpida e desnecessária? Ou vontade de mudar o rosto de Luanda, que os Portugueses deixaram? Ou as três?



Estes dois exemplos, provavelmente os mais evidentes e por isso visíveis a esta distância (física e emocional relativa àquele suposto país), levam-nos forçosamente a concluir que há dois aspectos comuns, e que por isso, poderão indicar alguma razoabilidade na suspeita: dinheiros e apagar heranças.



Imagine o leitor que alguém recebe uma boa, mesmo muito boa quantia em herança, e com o dinheirinho na sua conta, cospe (no sentido figurado e/ou próprio do termo) no seu testador? O que lhe ocorrerá pensar dessa pessoa? Presumo que nada de abonatório! Eu não consigo gostar de quem cospe no prato que comeu ou em quem lhe deu alguma coisa.



Um povo, aqui povo é uma mera figura retórica, porque esse desgraçado povo, só é chamado como pretexto, que não respeita o seu passado, não só não é digno do presente, como não terá um futuro promissor, certamente.



A má gestão dos dinheiros públicos, neste caso os petoquanzas, ou os diamantequanzas, é crime, contra o tal infeliz povo e a desditoso país.


Não é original e próprio de lacaios do imperialismo colonialista fascistas como Mobutu, Bokassa, só para dar exemplos do continente que muito repugnaram o mui marxista e soviético formado Sr. Santos. Na linguagem simples das pessoas comuns, chamam-lhe roubo. Coisa que obviamente não se pode aplicar ao continuador da revolução angolana que o MPLA, defensor do oprimido e escravizado povo. Nem à sua família proprietária de bancos e numerosos negócios na detestável terra Portuguesa, adquiridos com os proventos de tanto, árduo e honesto trabalho da família Santos. Recorde-se que este heróico resistente anti-colonialista começou a sua esforçada vida, a sua caminhada à gloriosa condução dos destinos dos seus irmãos, no fascizante colonial Liceu Nacional (português) Salvador Correia.



A questão “dinheiro” está espreitada. Passemos à questão apagar a marca/herança portuguesa.


Algumas questões soltas.



Quantos angolanos morreram em defesa ou na luta do estabelecer das fronteiras angolanas?



Estariam, nos momentos em que se estabeleceram os traços que dão a forma angolana, com tanto esforço e sacrifícios, criando postos militarizados em zonas remotas, por exemplo, os vários povos de Angola disponíveis para unirem esforços? Eles que se guerrearam e escravizaram durante séculos?



Se a marca portuguesa é vista com asco pelos defensores do povo, não seria já tempo de escolher outra língua, dar independência a Cabinda, que só está agregada ao território angolano, por decisão portuguesa? Não seria de mudar de nome?



Nesse caso era provável que encontrássemos proximamente um país chamado Santoslandia ex RP de Santoslávia ou coisa ridiculamente parecida.



Não é possível. Por mais areia que ponham a onde quer que seja. Angola é uma invenção portuguesa. E a criatura, nunca se liberta do criador, por mais que o faça. Podem afogar-se em petróleo, enterrarem-se em areia/terra com a boquinha cheia de diamantes, no meio da soterrada baía. Nunca conseguiram apagar a marca lusitana. As fronteiras herdadas do colonialismo, são sagradas dizia a OUA.



Posso renegar os meus parentes todos. Arranjar uma outra identidade, que será falsa. O sinal na pele que tenho na face direita. O Nariz, o sorriso. Denunciam-me. Eu sou neto e filho daquela gente.



Angola, é uma obra portuguesa. Tirem todos os monumentos (estátuas). Escondam-nas na fortaleza, mas ups, também foram os tugas que construíram o sítio onde vamos guardar os sinais mais exteriores e imediatos da sua impressão digital…