debruçada sobre o mar

debruçada sobre o mar

segunda-feira, 15 de agosto de 2011





15 de Agosto.
Data da reconquista de Angola ao Holandeses por Salvador Correia de Sá e Benevides. Dia de grande festa na mui Portuguesa e bonita cidade de São Paulo da Assunção de Luanda. Angola Portugal. Informalmente celebrava-se o dia de Luanda e Angola Portuguesa.

Regista-se por isso aqui e de forma especial esta data e o seu significado histórico para Angola Portuguesa, neste ano de modo solene, pelo cinquentenário da resistência portuguesa contra o terrorismo internacional contra a soberania nacional na província/estado.

Para assinalar esta data a que associamos o cinquentenário da guerra do ultramar português contra a ofensiva terrorista internacional, deixo algumas sugestões de leitura:

Documentais:
Angola: anatomia de uma tragédia. Cardoso, General Silva. Oficina do livro.*1
Angola, terra prometida. Fonseca, Ana Sofia. Esfera dos livros.*2
Era tempo de morrer em África. Carvalho, Nogueira e. Prefácio.
Um outro lado da guerra. Silveira, Nuno Roque da. Edições Colibri.
Memórias de África. Oliveira, Jorge Eduardo da Costa. IPAD.
Jogos Africanos. Pinto, Jaime Nogueira. Esfera dos Livros.
Angola 61. Mateus, Dalila Cabrita e Mateus, Álvaro. Texto.*3
Dias de coragem e de amizade. Pinto, Nuno Tiago. Esfera dos Livros*4

Romances:

Os retornados. Magalhães, Júlio. Esfera dos livros.
Angola amor impossível. Coelho, A. Passos. Fronteira do Caos.
Angola a ferro e fogo. Villiers, Gérard de. Saída de emergência.
O último ano em Luanda. Rebelo, Tiago. Editorial Presença*5
A balada do ultramar. Acácio, Manuel. Oficina do Livro. *6



*1Absolutamente fantástico. Aproveito para homenagear o Sr. General.
*2 Muito bom.
*3 Ainda não tive ocasião de o ler aprofundadamente. Autores com obras como: “Nacionalistas de Moçambique” e reportagens na zona libertada pelo PAIGC, chamo a atenção para eventual necessidade de uma leitura filtrada pelos valores da verdade pátria.
*4 Não me foi ainda possível fazer chegar ao autor o meu agradecimento pelo livro absolutamente fantástico e comovente. Presto aqui a minha homenagem ao autor e aos autores/protagonistas das histórias. A todos, mas em especial a estes o meu sentido e emocionado abraço. Já por muitas vezes pensei que tenho que fazer uma homenagem aos HEROIS do ultramar, mas não tenho nem coragem nem saber, para o fazer. Hei-de arranjar forma, ao menos que simbólica, de o fazer.
*5 Agradeci ao autor pela fantástica obra. De um enorme realismo. Eu sei. Eu vivi.
*6 Para o fim e de propósito, o mais fantástico dos romances que já li sobre o “fenómeno” descolonização/retornados/emocionalmente estropiados por causa da tragédia. Comovente. Tive ocasião de agradecer ao autor e faço aqui a minha homenagem pública e agradecimento por ter posto por escrito tantos sentimento que tenho comigo.
Deixo um excerto do livro:
“Eu sou de Angola… Eu ainda digo jindungo em vez de malagueta, geleira em vez de frigorífico, curita em vez de penso rápido e jinguba em vez de amendoim.”


Outros “documentos” e romances, há. Tenho-os, mas seleccionei estes. Sem qualquer intuito publicitário, uma referência a duas editoras. Pela qualidade e constância na abordagem da temática nas duas vertentes referidas. Esfera dos livros e Oficina do Livro. A estas instituições o meu obrigado, muitas edições e mais sobre este assunto.



Aos amigos que me visitam: um obrigado por continuarem a fazer. Um pedido de desculpas por esta ausência. Deveria ter avisado. Foi uma sequência de muito trabalho, seguido de uma viagem ao estrangeiro e um período de preguiça/descanso.
Estou de volta com a irregularidade me caracteriza este espaço. Obrigado por lerem. Boas férias para que ainda não as teve ou está a ter.