Às
vezes apetece-me parar.
Morrer
sem morrer. Apenas existir, mas sem ter que viver…
Sem
ter que me levantar, falar, sorrir sem vontade,
Ter
que ser educado ou simplesmente civilizado.
Também
não me apetece ser bruto.
Apenas
não quero ver ou ser visto.
Não
ter que fazer ou deixar fazer.
Apenas
existir e fugir, de preferência sem me mexer…
Sem
sentir cansaço, incomodo, dor…ou até mesmo alegria…
Apenas
ser, imutável, impassível…
Sem
que o passado me atormente, o futuro me intimide
E
o presente me pese.
Outras
vezes de tão cansado que estou
Só
quero partir.
Daqui
para fora, daqui para dentro.
Partir
tudo de forma a que nada se volte a colar.
Partir
até que me parta a alma.
Partir
os cacos dos cacos,
Partir
o pó, a sombra…
Algumas
vezes apetece-me gritar e rir e cantar.
Saltar
e festejar.
E
crescer e sorrir.
Algumas
vezes apetece-me esticar a mão e agarrar,
Arrastar,
mudar e abraçar,
E
por fim festejar.
Mas
agora o que mais preciso é de parar.
Ignorar.
Não
me interessa recomeçar, inventar, criar…
Quero
lá saber da originalidade,
Da
mudança, aliás de mudança nem falar.
Que
eu quero é parar. Basta.
Basta-me
fruir a sombra, a carícia da brisa,
Ver
a água a descobrir o caminho… e a segui-lo,
Enquanto
eu fico invisível, distante de tudo, todos e de mim.
Sem
morrer, nem viver, pelo menos que os outros se apercebam,
Que
eu sou eu e estou aqui.
Com
obrigações e horários, respostas que não sei nem quero saber,
Porque
me enchem espaço que não tenho, quando a minha alma já não está aqui.
Não
me apetece viver nestes limites, com estas caras,
Eu
só quero é ser feliz…
(Hoje... um estado de alma....Obrigado por lerem...digam qualquer coisinha, se vos der vontade.)