debruçada sobre o mar

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

presidenciais

Estamos a dias das eleições presidenciais. Surge-me a pergunta…para quê?

No domingo vamos concretizar a razão de ser do sistema republicano, a eleição do rei por um determinado tempo, a que chamamos mandato.

Vamos (vão) escolher um cidadão para ser chefe de estado. E ele ficará grato, refém de uma clientela, um grupo de apoio, um lóbi. Mas os defensores do regime dizem …ser mais democrático.

Um rei não! Ninguém escolheu. Só porque é filho daquele homem/mulher…. E se ele for tolinho, se for incompetente….
Temos que lhes dar razão. Adolfo Hitler foi eleito, os ditadores africanos “fundadores” daqueles países, foram eleitos… (nas únicas eleições mais aproximadamente democráticas que tiveram nas suas histórias e por iniciativa dos safados dos colonizadores).

O Hugo Chavez também foi eleito. E o Obama que foi eleito por questões …cutâneas?

E com mais tempo e paciência ficaria a dar exemplos. Como os de cima e que são os mais óbvios e imediatos.

É isso que Domingo este infeliz país vai fazer. Escolher alguém que pode ser incoerente, estúpido, egoísta, vaidoso ou ter os defeitos que tiver, mas porque este povo que reelegeu Sousa depois de tudo o que ele fez e de tudo o que o povinho disse, fica automaticamente legitimado. Poderá vir a exercer uma magistratura activa (o que significa que foi inactivo antes), poderá ter a pretensão de ser um defensor dos valores de Abril (seja lá o que isso for e que já percebemos que não é nada de interessante), poderá ser um Defensor seja lá do quê, poderá ser um notável motor de uma ong ou um sei-lá da Madeira ou o inútil habitual que vem medir o pulso ao eleitorado do seu partido, para provar que ainda não são cadáver… poderá…mas será sempre alguém que fará de reizinho escolhido.

Será alguém que não tem uma utilidade que justifique o gasto. Não é um símbolo duradouro, não dá garantias de estabilidade, não congrega. E é, nem vale a pena tentar desmentir ( veja-se o antecessor no caso Santana), é parcial.

Servirá para satisfazer o sonho de grandeza de um cidadão nacional, nascido no território nacional com mais de trinta e cinco anos.