debruçada sobre o mar

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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Quem quer ser Lobo (ass)assina Antunes

Lobo Antunes disse:
"No meu batalhão [em Angola] éramos 600 militares e tivemos 150 baixas. Era uma violência indescritível (...) Eu estava numa zona onde havia muitos combates e para poder mudar para uma região mais calma tinha de acumular pontos. (...) E para podermos mudar, fazíamos de tudo, matar crianças, mulheres, homens. Tudo contava, e como quando estavam mortos valiam mais pontos, então não fazíamos prisioneiros."
In DN.

Digo: Cada um fala do que fez, faz, pensa, deseja, sonha, diz… não pode é generalizar. Não pode é insinuar, afirmar, sugerir, que todos sejam iguais. Todos tenham feito igual.

Ele assume que foi criminoso de guerra.

Há tribunais internacionais para isso.
È necessário retirar as homenagens, prémios…
É preciso assumir que há em Portugal um assassino confesso e pelos vistos sem arrependimento, que não está preso, até tem carteira profissional e exerce a sua profissão, como os nazis fugidos e respeitáveis cidadãos na América do Sul (ou mesmo na Alemanha).

Afinal não foram os salazaristas a matarem os pretos. Foram respeitáveis vultos da cultura democrática, ex militantes de esquerda. ( Se calhar é isso que o absolve).

Olha se o homem tinha sido contínuo da PIDE. A esta hora estava em Haia a ser julgado.