debruçada sobre o mar

debruçada sobre o mar

sábado, 24 de abril de 2010

Cá estamos. A tal data que causa e justifica tudo isto que vivemos. A data mais cara de sempre da nossa História. O preço da tal liberdade.

A data que nos faz pensar como a máxima popular está certa. Depois de mim virá quem de mim bom fará.

A data irremediavelmente triste, desconfortável. A data da desilusão. Da decepção. Do ultraje que ficou para lá do mar. Da traição. A data que nos levou ao estado das coisas.

E perante isto só me resta viver dignamente a minha nacionalidade, na minha insignificância dar o meu contributo diário e viver esses valores cá dentro. Estou pronto, inconformado, mas pronto. Ganhei experiência como Católico, Patriota (sem terra), belenenses, hetro. Estou habituado a ser estranho e minoritário. Estou habituado a remar contra a maré, ou a esgueirar-me da enxurrada. Prefiro pensar mal, mas por mim. Sou fora do tempo. Sou contracultura, não no sentido pretensioso pseudo marginal, de pseudo intelectuais de eventuais esquerdas.
Não me preocupo em ser politicamente correcto.
Ínsito comigo em ser Humana e Moralmente correcto.
Isso é o que me importa.