debruçada sobre o mar

debruçada sobre o mar

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O falso respeito pelas religiões.

Escola em Itália proíbe comemorações natalícias. Título da imprensa 

Há alguns anos atrás li que na Bélgica, agora em apuros, alguém pensou em tirar presépio duma rua porque um muçulmano tinha protestado junto do município.

Agora há este caso em Itália em que um imbecil director de um colégio que para não incomodar umas crianças cujas mães se recusaram a ensinar musicas/participar na festa de Natal, resolveu adia-la para Janeiro e eliminar as partes religiosas.

Surge-me de imediato a pergunta…. Será que a ementa é igual para todos ou a carne de porco será “substituída” no prato daqueles meninos religiosamente sensíveis? É que se é para não haver marcas de religião…!

Não se trata de qualquer antipatia por esta ou aquela religião. Como crente sou sensível à opção de fé de qualquer espécie.

A questão está na sobreposição de alguma religião sobre as outras. 

A questão está no impor/impedir que a religião culturalmente “dominante” seja apagada por suposto respeito a práticas religiosas importadas.

Temos o hábito de viajar. Já mais iria à Arábia Saudita. 
Trago comigo objectos/símbolos Cristãos. 
Teria que os deixar fora do país ou seriam apreendidos. Solução. 
Não vou… Não abdico da minha fé. 

Se imigrasse para Marrocos ou Tunísia, não poderia protestar por/se na Sexta-feira Santa fosse dia de trabalho.

Parece-me excessivo que estrangeiros tenham exigências deste tipo.

Parece-me excessivo que um país altere os seus hábitos culturais para agradar a quem veio para esse país.

Repugna-me a “sensibilidade” para com as opções das minorias, desrespeitando as da maioria.

Se o objectivo é laicizar à força a sociedade, assuma-se. Não se escondam por de trás de opções alheias para eliminar opções históricas, individuais e legítimas.