Exmº Sr.
Em primeiro lugar não conto que
chegue a ler estas linhas que humilde e furiosamente lhe escrevo.
Escrevo para lhe dizer que me
sinto muito incomodado com a sua conduta. Não me parece minimamente confortável
a perspectiva de um hipotético primeiro-ministro ter apunhalado o seu
antecessor no partido. Quando um camarada de partido trama outro, o que fará
aos opositores e que confiança poderemos encontrar nele…?
Acumulando a este já de si gravíssimo
pressuposto, a argumentação que tentava suportar/justificar/legitimar a sua inqualificável
atitude recai sobre si. O seu camarada não servia porque ganhava por pouco,
deveria ser substituído, então o que fazer a si que perdeu e por muitos…?
Ora perante esta situação que não
é teórica, não se demite, não põem o lugar à consideração dos seus correlegionários e… pasme-se em atropelo de todos os princípios democráticos, propõem-se a
formar governo, com outras forças politicas que não a mais votada, sem que lhe
tenha sido encomendado por ninguém… sim ninguém…nem os seus votantes, sejamos
honestos.
Se chegar a ser governo à custa
de expedientes que cospem nos votos dos cidadãos de Portugal, considerarei que é
desonesto e oportunista e que não é legítimo o seu executivo.
Diz o povo, aquele que não o elegeu:
diz-me com quem andas, dir-te-ei, quem és. As suas novas companhias não
inspiram nenhuma confiança e não serão de todo, garantia de estabilidade. Além de
não terem a mínima ideia do que é democracia.
Desejo-lhe muita saúde para si e
para a sua família e caso com o golpe que prepara chegue ao governo, sei que
será mau para todos. O País irá retroceder e a sua presença será curta, mas o
mal estará feito e a democracia será ofendida.
Não pode este insignificante blog
enviar-lhe o seu igualmente insignificante texto por não ter encontrado no sítio
oficial do seu partido nenhum endereço que o permitisse.