debruçada sobre o mar

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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Carta escancarada ao Sr. Costa

Exmº Sr.


Em primeiro lugar não conto que chegue a ler estas linhas que humilde e furiosamente lhe escrevo.

Escrevo para lhe dizer que me sinto muito incomodado com a sua conduta. Não me parece minimamente confortável a perspectiva de um hipotético primeiro-ministro ter apunhalado o seu antecessor no partido. Quando um camarada de partido trama outro, o que fará aos opositores e que confiança poderemos encontrar nele…?

Acumulando a este já de si gravíssimo pressuposto, a argumentação que tentava suportar/justificar/legitimar a sua inqualificável atitude recai sobre si. O seu camarada não servia porque ganhava por pouco, deveria ser substituído, então o que fazer a si que perdeu e por muitos…?

Ora perante esta situação que não é teórica, não se demite, não põem o lugar à consideração dos seus correlegionários e… pasme-se em atropelo de todos os princípios democráticos, propõem-se a formar governo, com outras forças politicas que não a mais votada, sem que lhe tenha sido encomendado por ninguém… sim ninguém…nem os seus votantes, sejamos honestos.

Se chegar a ser governo à custa de expedientes que cospem nos votos dos cidadãos de Portugal, considerarei que é desonesto e oportunista e que não é legítimo o seu executivo.

Diz o povo, aquele que não o elegeu: diz-me com quem andas, dir-te-ei, quem és. As suas novas companhias não inspiram nenhuma confiança e não serão de todo, garantia de estabilidade. Além de não terem a mínima ideia do que é democracia.


Desejo-lhe muita saúde para si e para a sua família e caso com o golpe que prepara chegue ao governo, sei que será mau para todos. O País irá retroceder e a sua presença será curta, mas o mal estará feito e a democracia será ofendida.




Não pode este insignificante blog enviar-lhe o seu igualmente insignificante texto por não ter encontrado no sítio oficial do seu partido nenhum endereço que o permitisse.