debruçada sobre o mar

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quarta-feira, 4 de março de 2015

Destilar....

No domingo, depois da missa, fomos (eu a minha) almoçar a um centro comercial. daqueles tipo catedral do consumo.

Mesmo antes de virmos para casa, passamos pelo super do sitio para comprarmos algo que não me lembro e que provavelmente como diariamente.

Perguntará o leitor mais habitual: Porque raio estará ele a contar isto?

Simples. Já várias vezes tenho pensado quando por qualquer acaso, não me escapo à multidão e com ela sou confrontado. E hoje, sem que saiba a razão, resolvi destilar.

É aterrador. O mau gosto, a boçalidade é tremenda.
Os fatos de treino com sapatos. 
As gordas que querem ser sexys. 
As sub-urbanas a imitarem as capas de revista.
Os ignorantes pouco mais que bichos convencidos da sua superioridade. 
Os telemóveis sempre a funcionar, pondo gratuitamente a vida daqueles seres tristes ao dispor de todos, porque falam aos berros como se estivessem nas suas latrinas.
As crianças de "xupa" na boca a pedirem tudo o que vêem. 
Os tecidos leopardo ou tigre enfeitados com muitos dourados, debaixo de cabeças coloridas em camadas, da raiz às pontas um verdadeiro manancial de cores. 
As unhas que antes de Cristo viram um verniz, ou as fantásticas  de gel, numa conjugação resto de colecção, cada uma diferente da outra. 
Os gorros com manga curta, as calças descaídas, tipo ( esta expressão antecede cada frase na boca destes seres) espaço para incontinente colocar a incontinência. 
Todos felizes na ilusão de que o consumo os torna... outra coisa. 

Tenho saudades da 1º classe e da 2º classe. Isto de irmos todos na popular....é doloroso para os olhos, nariz, ouvidos... alma.