debruçada sobre o mar

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Intolerante de Ponto



O Carnaval é uma “festa” diretamente relacionada com a Quaresma (período de preparação da Páscoa). Historicamente surge, pela necessidade de descompressão, antes de um tempo (40 dias de penitencia).




A “coisa” evoluiu da forma que constatamos, mantendo-se a dimensão “descompressão”.



E aqui é que o Primeiro. Está a ver mal a coisa.




O argumento da coerência, é certo. Se eliminamos o 5 de Outubro, o que nos parece bem, e o 1 de Dezembro, o que nos parece muito mal, mais dois feriados religiosos por definir (mal também), em nome de um aumento de produtividade, então aparentemente está certo que a fútil tolerância (leia-se, dia que ninguém trabalha) de ponto do carnaval é inaceitável. E foi precisamente isso que o PM fez.



Mas…e há “mas”, nesta coisa. E as zonas onde a época, é um cartaz turístico?




A questão é, neste caso, igual às outras “pontes” todas. O facto de alguém não ir trabalhar, não é necessariamente mau para a economia. Há dinheiro que se poupa em transportes. Há dinheiro que se gasta (para quem sai) em alojamento/refeições, diversões/cultura. Logo há zonas, áreas/sectores de atividade que sobem a produtividade/faturação.




(A memória, remete-me para a semana do feriado de Todos os Santos, que no tempo do guterrismo fechava as escolas. Muito mau para os que depositavam as crianças na escola, e famílias com menos recursos; muito bom para cinemas, ATLs, Algarve em geral.)




Com o Carnaval irá passar-se tudo isto.




É certo que carnaval, tivemos nos últimos seis anos, para não falar mais, mas o povo sobrecarregado de perdas de direitos e rendimentos, necessita de escape. Do pão e circo, não podemos passar para o pão e pancada.