Vamos lá ver se nos entendemos.
Quando tínhamos como chefe de estado o Rei, ele, se casado fazia da sua mulher por
inerência….Rainha. Ao contrário também é verdade.
Com a monarquia não prestava, de
forma muito civilizada e democrática, mataram o Rei e o filho e depois com um
golpe de estado tentaram matar o filho que sobrava e impuseram a republica,
fonte de todo o bem…como sabemos….
O bem corrompeu-se, isto é viu-se
o que era na verdade e um grupo de safardanas fez um golpe de estado, mas anti democrático,
ao contrário do que impôs a republica, concluindo-se assim que uns golpes são
democráticos e outros não…Neste último golpe a que nos referimos surgiu um
regime que não sendo monárquico também não era bem republicano. Como pretendia
e conseguiu criar uma autoridade forte e figuras de referência, fez do chefe de
estado, o presidente da república, não o verdadeiro, só o simbólico, uma figura
institucional, formal, tradicional e familiar… coisa aliás que países democráticos
e republicanos como os US também gostam. Tem mesmo a primeira família!!!!!!?????
E aqui chegamos à questão….Primeira dama…
Esta “personagem” é a esposa do
presidente. Só. E tinha que ser mais alguma coisa? E a vida privada do rei a
prazo, a dias portanto, não é uma coisa dele… é que o Rei tem que “registar” a
sua mulher para efeitos reprodutores/dinásticos… O filho do presidente, com
quem ele vive é indiferente…
Mas não este regime, porque é
sobre a nossa Pátria que me refiro, os outros é lá com eles, que nos recuperou
do obscurantismo e nos libertou da opressão, pondo nas mãos do povo a soberania,
não foi entre muitas outras coisas, capaz de se libertar de arcaísmos salazaristas/marcelistas
destas coisas da família e espeta-nos com uma senhora que só lá está porque o
marido conseguiu ser escolhido para rei a dias….
Lá tivemos a D. Manuela, que foi
mantendo alguma dignidade e discrição, mas que se dirigia ao país…como?! Sim mas
em defesa das crianças. Só nunca se soube é quem é que a elegeu, escolheu,
mandatou…em que acto democrático é que isso aconteceu…
De pois tivemos a D. Maria, a
primeira, a combatente contra a ditadura. Lá estava ela sempre ao lado de D. Mário
o laico republicano e socialista e o mais “real” de todos os presidentes que até
agora tivemos a infelicidade de ter….Como rainha a prazo não eleita também se
dedicou a nobres…ups, causas, sempre com aquelas intervenções como quem declama
contra as amarras e amarguras da opressão….
Os tempos mudam e vai a senhora
Sampaio. Discreta tanto quanto possível com aquele tamanho, apesar de tudo
elegante, esta parte não é ironia. Mais discreta das socialistas damas
primeiras….
Por fim, isto é até ao momento, vem
a senhora Maria… a segunda, apesar do título ser de primeira…. Com a discrição
de um hipopótamo pintado de rosa-choque, e é isso que causa, sempre ao lado do
seu Aníbal, que passaria mais discreto se trouxesse elefantes como o personagem
histórico, sempre a falar a fazer comentários e perguntas, como se fosse ela a
eleita. Não…senhora. Não foi eleita por ninguém a não ser pelo seu homem e isso
não lhe acresce nada além do apelido caso tenha feito essa opção….mais nada.
Como família é natural que apoie, acarinhe… mas não se meta. Senhores da imprensa
e do protocolo….primeira dama não é… e ex-primeira dama, ainda é menos…..Aliás
ex…seja lá o que for…não é…já foi. Não interessa… Ex primeiro ministro está
detido…não é ex…é cidadão tal…..
Voltando ao assunto… com estas
modernices podemos vir a ter uma segunda dama…se for uma presidente (alô Dilma
a ex terrorista, vai aprender português) com “orientação” sexual “diferente”…
E se o presidente sofrer da mesma
“opção”? Temos um primeiro damo?
E se for uma presidente
antiquada, daquelas que tem marido e tudo? Será um presidente consorte? Será
com certeza porque não sendo eleito é, embora não original…quem elegeu o
primeiro presidente?….