Na sexta-feira no refeitório da
minha escola, quando cheguei ao refeitório, simpaticamente a cozinheira
perguntou-me se eu queria o esparguete com galinha. Era para os muçulmanos e
tinha sobrado. Fiquei com vontade de dizer: Não obrigado. Eu sou católico. Quero
o prato sem carne que a abstinência exige…
Mas sorri por dentro e como até
preferia a galinha a outra carne, agradeci e fui logo fazendo as orações de
graça pela refeição e as orações de substituição do sacrifício, que nós os
católicos temos a graça do Espírito Santo que nos proporciona sabedoria para
superarmos as dificuldades e a nossa Igreja, não existe para complicar, mas
para nos inspirar. E para mais proibido mesmo… só o pecado.
Portanto este post,
não é sobre a luta interior pelo aperfeiçoamento.
É sobre a discriminação.
Se eu fosse muçulmano tinha tido direito a um “menu” de acordo com a minha opção religiosa, independentemente do grau de empenho nessa prática. Mas sendo católico, num país onde os sensos continuam a apontar uma percentagem superior a 80% de católicos, não tive qualquer espécie de consideração.
É sobre a discriminação.
Se eu fosse muçulmano tinha tido direito a um “menu” de acordo com a minha opção religiosa, independentemente do grau de empenho nessa prática. Mas sendo católico, num país onde os sensos continuam a apontar uma percentagem superior a 80% de católicos, não tive qualquer espécie de consideração.
Acresce, só para
benefício da compreensão por parte do leitor, que eu sou professor de moral
católica. Não sou um anónimo cristão cujas opções na área são desconhecidas. Mas ninguém se lembraria de perguntar, quer abstinência?
Isto deve-se a dois factores O medo
do islamismo, disfarçado de tolerância e respeito e a fragilidade dos católicos
que de tanto se mostrarem tolerantes e civilizados, deixaram esvaziar o seu
espaço.
Fica uma última observação: a
escola pública, não é laica? Então porquê toda esta preocupação? E se existe…
então porque não a todos…. ???!!!
Voltaremos ao assunto mais tarde....