debruçada sobre o mar

debruçada sobre o mar

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

E agora protestam?


Depois da Grécia…a Espanha. Manifestações violentas. A indignação é compreensível. Não esquecer porem que os governos não foram auto eleitos e não fizeram os disparates nos últimos 15 dias.

Onde estiveram todos estes…indignados, incomodados?

E quando o dinheiro corria????

Porque não ocuparam as praças????

Citando-me no último post, no caso nacional aplicável a todos: E porque esperaram por 15 de setembro de 2012? Não houve Setembros em 2010, 2009? Antes?

Os professores (novamente caso nacional) encheram uma avenida e com razão (serei suspeito ou honesto porque sou prof), mas por razões ligadas, justamente com a sua casinha.

Os enrrascados, porque o estavam… também saíram… mas e se lhes fossem arranjando uns empregos, mesmo que numa fundação inútil, numa empresa camararia que faria o mesmo serviço que algum serviço camarário, certamente teria desfilado no 24 de junho 6ª e Sab, depois das 2 da manhã empunhando copos* com frases registando a sua indignação.

Quando os casos Freeport e outros surgiram, as avenidas não se encheram.

Quando um governo arruinou o país e foi reeleito? Foram votar depois da manif na 24 de junho? Depois de terem bebido os cartazes???

E agora protestam?
Sim o actual governo tem decepcionado. Não se regista aqui nenhuma defesa do primeiro e do seu executivo. Mas trata-se do reconhecimento de que isto, não começou há um ano.

Foi desde que um senhor traidor da pátria depois de nos informar que estávamos de tanga se foi embora agasalhar com euros.
Convém não esquecer que Santana, provavelmente, nada acrescentaria de bom, mas também não deixaram verificar.
Convém não esquecer que quem lhe sucedeu, foi  o pm que mais suspeitas levantou e maior “precepção” de corrupção despertou. Foi nesse governo que as PPP, essa maleita, alastrou de forma inimaginável.

Mas quando o dinheiro, que não era nosso, corria as pessoas foram se acotovelando, agora sem que antes se indignassem, esperneiam.


*Errata: onde se lê copos deve ler-se cartazes…


E a Fundação Mário Soares? Essa indispensável à Pátria, cuja finalidade é desconhecida entre todos os deuses…. Não foi extinta?

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

87% desiludidos com a democracia

Onde estão os rostos esfuziados em 25 de abril 197?
Onde estão os arautos da liberdade e progresso, que nos ia arrancar do jugo repressor e obscurantista? Onde estão os capitães libertadores e os oportunistas que a eles se juntaram?
Estão dispostos para assumirem as suas culpas?
Onde estão os abstencionistas crónicos que agora reclamam?
Onde estão os votantes Sócrates?
Onde estão os que preferiram Sócrates a Ferreira Leite e perlongaram até ao precipício a caminhada?
E porque esperaram por 15 de setembro de 2012? Não houve Setembros em 2010, 2009?

O 25 de abril falhou.

Há alguém com coragem e seriedade para assumir?

Como ficamos?

O que fazemos com a informação transmitida até à exaustão que o regime anterior era insuportável, e este o oposto, se o actual não serve para 87%?
Serão membros da classe política os 13% de não desiludidos?

E se a democracia não servir?

Será necessário um novo golpe de estado? A experiência não recomenda.

Tenho-me lembrado com temor do grito das multidões embrutecidas a quando da “revolução” islâmica no Irão quando derrubaram o Xá: “Às armas, às armas, não há outra solução”.

Felizmente o povo português, esse aglomerado indefinível, é sereno, pacifico (ex: a jovem que abraço simplesmente o policia de serviço),  sério e patriótico. Não corremos risco. Mas o sentimento de injustiça por vezes desequilibra.

O maior inimigo da democracia são os políticos incompetentes e corruptos.

Esperemos que o actual governo acerte a mão. E que o povo não se esqueça de que eles, só são culpados dos seus erros. Os erros anteriores, apenas lhes cabe a tarefa de resolve-los…o que tira espaço para novos.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Faz lembrar Leonor pela verdura, vai “feiosa”, e não segura.

Seguro tem dotes de premonição. Um mês antes da apresentação do OGE, já sabe que vai votar contra… ou é apenas do contra??? Ou dava-lhe jeito que o governo caísse. E vai apresentar uma moção de censura… se a TSU não for alterada… dava-lhe jeito que o governo caísse?
E ao país? Dava?
Portas 2
Passos 1
Portugal 0

Portugal Vice Campeão Europeu

A equipa Nacional de Hoquei ficou em segundo lugar no campeonato europeu.

Perdeu com o campeão mundial e europeu (que assim revalidou o título).
Não foi com uma Grécia qualquer.

Organizou o campeonato, sem que se tivesse que construir nenhuma infraestrutura.

O resultado foi considerado…mau…ou menos bom…

Menos bom porque somos um dos países que mais títulos mundiais e europeus tem.
E quando não ganha houve-se, “já nem o hóquei”. Porquê? Há alguma modalidade que ganha normalmente ?????

O que o governo gostaria que tivesse sido em futebol. Era uma festa. E as horas de “debate” televisivo e social.

Talvez mesmo a manif teria outro sentido.

A imprensa nem deu conta.


Isto é tacanho.

Mais importância tem uma birra de semi analfabeto novo-rico que ganha milhões e acha que é o centro do universo do que uma equipa nacional que ganha.

Futebolês, rima muito bem com estupidez.

Qual a modalidade que de uma assentada consegui reunir todos os títulos europeus de clube, o título Mundial e Europeu?

Qual a modalidade que alguma vez teve mais de metade dos títulos mundiais?

Estamos no Hoquei, como estados Unidos no Basquet olimpico. Mas o futebolês não vê, não deixa.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Uma semana depois, o estado em que fiquei

Passados estes dias (desde 6ª) talvez esteja a começar a reagir.
Não fiquei gélido, nem fervi, nem coisa nenhuma.
Durante este tempo, desde o início deste mandato, tenho tido uma respeitosa expectativa, e uma patriótica esperança.

Não tenho especial apreço por políticos e também devo desde já esclarecer, que não gosto da generalização e tenho dificuldade em conseguir definir, “politico”.

Porem, o presente primeiro desperta (despertou) alguma simpatia, até ver. Pareceu-me um pouco diferente no discurso, alguma frontalidade e com coragem para dizer coisas desagradáveis, sem politiquês. Mas aquele discurso…. Fiquei confuso. E com uma dose considerável de desespero mal contido.

É certo que não adianta muito. Mas os culpados tem que ser identificados. No mínimo, visto que julgados e em caso de confirmação, condenados, é algo que ultrapassa a mais delirante imaginação.

O povo, outra “coisa” que tenho especial dificuldade em definir, tem corajosamente resistido e colaborado.

E não me venham com a história de um povo submisso e que se acomoda. Um povo que tem a tradição de migrações como nós será certamente: lutador, empreendedor e determinado. Isto sem lembrar a aventura das descobertas que vou fazer de conta estar a ignorar, para que ninguém diga lá estamos nós agarrados a esse momento único. Portanto, como estava a dizer, este povo tem respondido com coragem e suportando um imenso sofrimento, que merece no mínimo um gesto de apoio, uma satisfação.

Sem “justiceirisnos “, sentir que mais alguém que não as pessoas estão a sentir, que EDP, GALP entre outros, também sentem. E proporcionam luz mais barata, gasolina mais barata, sem a única preocupação (legitima por sinal) do lucro.

Não se faz uma defesa do anti capital ou das corporações económicas malévolas que querem esmagar com a sua pata as “classes trabalhadoras” (outra coisa que não consigo de todo definir).

Faz-se a defesa da democratização das dificuldades, da luta, da resistência.

E se o atual primeiro assim fizesse, sentiria a onda de apoio, que certamente merece e mais mereceria. Estava à espera de mais. É possível melhor, sem desmerecer o enorme esforço desenvolvido por quem decide.

Por fim uma nota, de estupefação: o partido que antecedeu no governo faz críticas.???!!!? Nunca um mea culpa. Voltarei a este assunto.

As minhas desculpas a quem ler. Esta desconexo (eventualmente), mas reflete o meu sentir e o estado em que fiquei.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Madre Teresa de Calcutá

O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor.

Madre Teresa de Calcutá.

15º Aniversário


Um privilégio, ter sido contemporâneo


sábado, 1 de setembro de 2012

Y nunca quize abandonarte,
te llevaba en cada paso;
y quedará mi amor,
para siempre como flor en tu regazo – por si acaso,
por si acaso no regreso.

Si acaso no regreso,
me matará el dolor;
Y si no vuelvo a mi tierra,
me muero de dolor.

Si acaso no regreso
me matará el dolor;
A esa tierra yo la adoro,
con todo el corazón.

Si acaso no regreso,
me matará el dolor;
Tierra mía, tierra linda,
te quiero con amor.

Si acaso no regreso,
ay, me muero de dolor;
me estoy muriendo ya.

Me matará el dolor;
me matará el dolor.
Me matará el dolor.

Ay, ya me está matando ese dolor,
me matará el dolor.
Siempre te quise y te querré;
me matará el dolor.
Me matará el dolor, me matará el dolor.
me matará el dolor.

Si no regreso a esa tierra,
me duele el corazón.

Pedaços da letra de “Si acaso no regreso” de Célia Cruz.

A ela, por exemplo, exilada como eu, ou a Andy Garcia, que bem percebem e interpretam com a sua arte estas dores, gracias.





 E não regressei…