debruçada sobre o mar

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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ortográfico

Nota introdutória: este e os outros blogs da mesma autoria tiveram, tem e terão gralhas e beliscaduras à ortografia.

Nunca me passou pela cabeça ter que chegar a acordo com ninguém, sobre a camisa (minha) que resolvi vestir. Se corto o meu cabelo. O nome do meu cão. O que faço com o meu tempo livre.
Logo não consigo nem conseguirei perceber, porque raio tem que haver acordo sobre a ortografia da língua portuguesa.

O autor é proprietário, o proprietário é soberano. Se eu estabelecer um código, usa a quem eu transmitir e queira usar. Se não estiver de acordo, não usa, inventa outro…

Pelé, Roberto Carlos, Zico, Caetano Veloso, Emerson (o enorme Fittipaldi), Nelsinho e Nelsão Piquet, Ólí num sabe! Oçês, meus heróis, mi descurpem!

Xé ! É anssim, nós nos musseque fala difrente, mas cada qual como que evidentemente.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

TVI 1 Jornalismo com critério 0

Hoje dia 22 de Fevereiro no noticiário da noite, o das 8 a TVI mostrou uma filmagem (não uma reconstituição), de um crime de sangue. Tratou-se de um homem que num conflito familiar matou com vários tiros, um outro. Não tem interesse para o caso os pormenores da situação. Não interessa as motivações, como é que alguém estava a filmar a situação e o facto do autor dos disparos tem uma criança (provavelmente menos de seis anos ao colo).
Nada disso é importante para o caso. Isso é outro assunto.

O caso espantoso é que uma estação de televisão, em emissão aberta (isto é, não se trata de um canal de cabo pago), à hora de maior audiência e quando para o melhor ou para o pior as famílias ainda se reúnem, tunga! Passa um assassinato! Não era um filme. Não era uma reconstituição.
Tal como mostrou os imbecis de serviço no estádio de Alvalade que se pegaram com a Policia. (Passando igualmente imagens do responsável policial a explicar-se por ter feito o que lhe competia, estabelecer a ordem pública num grupo de energúmenos que deveriam ir limpar estradas ao fim de semana durante três anos para perceberem como é que as pessoa civilizadas se portam. Se ainda estão com folgo, vou continuar)

Dizia eu, como se noticia coisas comuns, e sim é comum, bestas em estádios de futebol, ou uma manif, um qualquer escândalozito como num período de contenção orçamental, uma empresa pública contratar vários gestores a 8 mil euros mês. Como se noticia qualquer banalidade destas, um homicídio. O jornalista de serviço, com o seu ar sério avisou que eram imagens chocantes….

Não chocante é esta opção editorial incrível de mostrar com imagens reais, com selo Correio da Manhã, outro prestigiado e categorizado órgão de comunicação social, mostra-se um “ furo” jornalístico. Um homicídio em imagens reais.

A TVI voltou a arrasar.

Republicação de artigo que por falha técnica aparece em Janeiro, quando, pelo inicio se percebe ter sido escrito um mês depois. Não consigo explicar a falha, mas porque me incomodou por demais o facto que comento, republico.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Comecei a escrever porque me desafiaram a fazer. Por gozo e pelas razões que cada blog enuncia. Nessa altura enviei o meu endereço a um ou outro amigo. Pouco ágil nestas coisas da técnica informática, só tempos depois descobri como poderia contabilizar as visitas. O blogger criou entretanto (ou eu descobri) um serviço de estatísticas e para minha surpresa constatei que não seriam apenas aqueles a quem enviei o meu endereço, que me liam. Tenho alguns leitores regulares e em vários países. Convido então a escreverem-me. Digam-me porquê me visitam, quem são, onde vivem. O que vos apetecer. Não vos encherei a caixa do correio e não tomarei a iniciativa de contactar. Mas responderei sempre. Mais não seja nestas páginas.
Se não aceitarem o convite, amigo como sempre, cá estarei, com a irregularidade habitual e a forma de ser e escrever.
Um obrigado por estarem aí. Eu continuarei aqui.

(obrigado ao(s) amigo(s) dos States que em visita(m) regularmente.)
pB.

bilessengue@gmail.com

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Balcanização de África

A mais estranha e das primeiras decisões da OUA (Organização de Unidade Africana), foi que as fronteiras herdadas da colonização eram sagradas.

O Sudão é um pais mal visto e com razões. Dizima populações, escraviza, abriga terroristas, ente muitas mal feitorias.

Curiosamente, ou não, realizou um referendo na zona sul do país, para decidir da independência ou continuação na “união”.

Talvez menos curioso a populaça votou pela independência. E aqui é talvez interessante fazermos uma pequena reflexão.

África é o continente com maior número de países. Quase todos com várias línguas, várias culturas e inimizades internas. Quase todos com fronteiras arbitrárias que ofendem a geografia natural e étnica.
Se a Tunísia abriu a porta para o desequilíbrio do mundo “árabe”, ainda teremos que verificar se o Sudão não abriu a porta a um estilhaçar de África. É bom de lembrar os conflitos como o Catanga, Biafra ou situações latentes como Cassamance, Sara Ocidental e Cabinda por exemplo.
A ver vamos!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Todo o amor que nos prendera, como se fora de cera, em pavor se convertera


Faz 50 anos que a invasão a Portugal começou. Apoiado pelos países de leste o Movimento Popular para a Libertação de Angola, atacou a 4 de Fevereiro a Casa de Reclusão em Luanda.
Em termos bélicos foi um golpe mal sucedido.
Foi apenas o marco do início do atentado à soberania de um pais legitimamente constituído e reconhecido pelas nações unidas e pelo direito internacional.
Foi apenas uma jogada do xadrez da guerra-fria.
Foi apenas o início da traição internacional dos aliados, encabeçados como sempre pelos Estados Unidos.
Foi o início da tragédia que ainda não terminou em Angola e nos angolanos que estão lá sem escolha e dos que tiveram que deixar a sua terra natal.

Não contemos com a história para a justiça. Resistamos apenas, não deixando que se dilua na tal história esses momentos em que democraticamente um grupo de drogados, alcoolizados e “enfeitiçados”, sobe o jugo e interesse de estrangeiros atacou uma nação soberana, num acto de terrorismo.

Obrigado Eusébio.





Quando Maradona Fez anos pensei em escrever sobre a figura que mais contraditórios sentimentos me produz. Quando Pele fez a nos aconteceu a mesma coisa (vontade de escrever) por que é uma figura mítica incontornável na história da Humanidade ( e eu sou admirador do homem).
Como não tive ocasião…pensei…não faz mal. Escrevo sobre o mais importante ser desportivo da minha infância. Aquele que é a única figura pública que gostava de conhecer. Eusébio.
Sou simpatizante do Benfica (fui sócio do Belenenses e sou adepto fervoroso) porque houve um Senhor chamado Eusébio.
Acho que o estádio da Luz, já se devia chamar Eusébio da Silva Ferreira.
Acho que daqui a muito anos ele (como Amália e eventualmente se tudo continuar assim, Mourinho) deveria ficar nos Jerónimos. Como Camões. São heróis nacionais, cada um em sua “arte”, mas são figuras em que a Pátria se revê e se encontra (encontrou) na sua grandiosidade.